domingo, 31 de maio de 2020

.Emotion Sickness.

Ouço o tropeço de uma adolescência que fôra tardia.
Sinto o fétido cigarro a queimar o lábio desprovido de maturidade.
Naqueles tempos me acolhia na juventude alheia porque o abismo da idade me trouxera medo.
As cias que condiziam á minha idade já se entrelaçavam com suas devidas imersões pseudo adultas.
E eu em completa redenção á fantasia de ser ninguém.
Uma corda não fôra o suficiente,da janela a altura me fizera recuar,a polícia veio,o circo foi montado.
No quarto onde fugi do futuro,deslumbrava-me diante olhares perdidos de suicidas cultuados.
O excesso de fármacos eram guardados em um armário pequeno no corredor daquele apartamento onde morri todos os dias.
Tais esses eram o existir cotidiano da senhora minha mãe.
Desprovida de humanidade,se afogava na vida de uma mulher vendida pelo própio pai.
O silêncio escandaloso daquelas vidas obrigadas a conviver em tom de parentesco sufocava até mesmo os pesadelos mais sombrios.
O tempo percorrera a rasgar-me por dentro.
Tornei-me o tipo de ser humano que nunca se ergue.
...mesmo porque o que é o respirar senão a lembrança de si mesmo em eterna queda?

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