terça-feira, 21 de abril de 2020

.Esta renúncia.

O entrelaçar da noite despertara escândalos que em pleno silêncio abraçam sentidos sem pudor.
Esse introduzir do teu corpo ao meu ecoou vozes contidas no expressar vazio de nós mesmas,chamas acesas de um fogo a espreitar nuances de um desejo tão imprópio que nem em sonho se permite tanto delírio.
O entrelaçar da noite trouxera o vislumbre imerso da melancolia que goza infeliz vontades pelo arrepio da pele faminta de ti.
O entrelaçar da noite se calou quando o respirar se permitiu existir.
O entrelaçar da noite...
acumulou-se nas canções esquecidas pelo tempo que repousante proclamara inexistência agradável e suor absorto em contentamento inerte.

domingo, 19 de abril de 2020

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...e acariciou o própio corpo á beira do precipício da memória.

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.Um remorso implícito no respirar.

Desperto a dialogar vazios.
Na manhã que surge amarga dos lábios tão seus encontro-me nos velhos resquícios do sufocante respirar.
Na manhã em que canções fragmentam o existir,permito-me vínculo imerso no abandono.
O abraço efêmero do "sentir" segura o cigarro fétido na mão que um dia fôra toque sutil.
Na outra mão que um dia fôra promessa e hoje sustenta o Black label esquecido na história abreviada,um lapso de mim mergulha em sutil tormento.
Desperto a dialogar tempestades.
Encontro-me na fuga.
Adormeço sem nunca ter tido sono.
Entorpecida diante o piano,notas que habitam delírios.
Na manhã a dialogar ruídos...
sou sombra.
sou canto mudo e verso finito.
Poema inquieto.
Morte viva.