domingo, 19 de abril de 2020

.Um remorso implícito no respirar.

Desperto a dialogar vazios.
Na manhã que surge amarga dos lábios tão seus encontro-me nos velhos resquícios do sufocante respirar.
Na manhã em que canções fragmentam o existir,permito-me vínculo imerso no abandono.
O abraço efêmero do "sentir" segura o cigarro fétido na mão que um dia fôra toque sutil.
Na outra mão que um dia fôra promessa e hoje sustenta o Black label esquecido na história abreviada,um lapso de mim mergulha em sutil tormento.
Desperto a dialogar tempestades.
Encontro-me na fuga.
Adormeço sem nunca ter tido sono.
Entorpecida diante o piano,notas que habitam delírios.
Na manhã a dialogar ruídos...
sou sombra.
sou canto mudo e verso finito.
Poema inquieto.
Morte viva.



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